Gilbert olhou para Gabriel com uma expressão impassível, mas, por dentro, uma onda de emoções o tomou de assalto.
Desde a noite passada? Ele não havia dormido, permanecendo ali, parado do lado de fora da porta do quarto, apenas para vê-lo?
Ao voltar à realidade, Gilbert sentiu seus dedos se curvarem levemente ao lado do corpo, como se segurassem algo que não podia escapar.
— Querido, eu fiz algo errado? Disse alguma coisa que te magoou? Por favor, me diga, está bem? — Gabriel não suportava mais a frieza e o silêncio de Gilbert, e sua voz tremia de ansiedade enquanto ele se aproximava, tentando agarrar a mão dele.
Mas Gilbert deu um passo brusco para trás, esquivando-se. Gabriel sentiu o vazio de suas mãos e uma onda de frio subiu pela sua espinha, espalhando-se por todo o corpo.
— Querido... — Ele murmurou, confuso.
— Sr. Gabriel.
Os olhos de Gabriel tremeram.
— O quê? Como você me chamou?
— Sr. Gabriel. — Repetiu Gilbert, com uma voz ainda mais fria, como se voltasse