Haroldo franziu a testa, preocupado.
— Alonso...
Os olhos de Alonso estavam tomados por uma tristeza profunda, enquanto um sorriso amargo surgia em seus lábios.
— Desculpe, vovô. A culpa é minha. Não sirvo para ajudar o senhor ou o meu pai, não fui capaz de assumir minha responsabilidade no Grupo Marques e, para piorar, me tornei um inválido. Durante todos esses anos, só consigo pensar em uma coisa: como seria se eu não tivesse passado por aquele sequestro? E se tivesse sido eu a escapar das mãos dos sequestradores? Se eu tivesse sido um pouco mais egoísta... Será que tudo seria diferente?
Haroldo sentiu uma onda de emoções conflitantes, mas tentou acalmá-lo com palavras gentis:
— Alonso, não pense assim. Eu sei o quanto você sofreu todos esses anos e o quanto foi difícil para você. Aquilo foi um acidente, meu neto. Você é meu sangue, como eu poderia não me importar? Não importa se é você ou o Chad, eu amo os dois de coração.
— Então o senhor ama mais a mim ou ao Chad?
Aq