— Claro, pode deixar. Vou entregar pra você agora mesmo.
Como se já esperasse que Gael fosse negociar, Diogo colocou um envelope de papel pardo sobre a mesa.
— Aqui estão todas as provas que eu consegui reunir. Talvez não sejam suficientes para incriminar o Jair por encomendar assassinato, mas devem ser úteis para você reconsiderar seu depoimento. Só que você não pode levar isso para dentro agora. Solicite uma reunião com seu advogado e delegue a ele toda essa questão.
Gael abriu o envelope, conferiu o conteúdo várias vezes e, depois de muito hesitar, por fim assinou a transferência de ações, pressionando o dedo no papel para deixar sua impressão digital.
Diogo segurou o sorriso que ameaçava escapar. Por trás da fachada gentil de seus óculos dourados, seus olhos brilhavam com a selvageria de um predador prestes a devorar sua presa.
— Irmão, foi um prazer fazer negócios com você. Quando você sair daqui, eu mesmo virei te buscar. Vai receber a recepção digna de um herdeiro da família Mou