— Pai? O que está fazendo aqui? — perguntei, sem afrouxar o braço em torno de Liz.
— Vim conversar com você — ele falou, acanhado, enquanto observava as tatuagens descobertas de Liz.
— Agora não é uma boa hora.
— Por favor, é só um minutinho — ele insistiu, e eu suspirei. Maldição. Não podia deixar Liz naquele estado, mas também seria insensato mandá-lo embora.
— Eu vou embora — Liz se desvencilhou dos meus braços, levantou o corpo encolhido e enxugou as lágrimas.
— Não! — segurei pelo pulso, tentando impedi-la. — Entra e me espera no meu quarto.
— Melhor não, Jenny. Converse com seu pai, depois nos falamos — sem me deixar dizer nada, Liz subiu na bicicleta e pedalou para longe.
— E então? — impaciente, me dirigi ao meu pai.
Sabia que não tinha motivos para ficar com raiva dele, afinal, minha mãe é quem havia me expulsado de casa.
No entanto, sua passividade diante da situação me deixava inconformada.
Ele raramente se irritava e nunca fazia alguma coisa por si mesmo, todos os seus a