A semana se passou e, a cada oportunidade, Suze continuava a encher meu saco com a ideia absurda de drogar Liz.
— Já disse: não vou fazer isso — falei, com uma calculadora na mão. Meu pai ainda não havia voltado a trabalhar, e o serviço na loja foi multiplicado por mil. Suze estava sentada em uma cadeira próxima ao caixa e comia o almoço enviado pelo Ren. Eu queria muito jogar a calculadora na cabeça dela, mas apenas revirei os olhos e voltei para minhas contas.
— A Liz concordou, e até Aurora achou a ideia ótima. Ela se propôs a fazer um chá para ajudar Liz a se recuperar quando acordar.
— Vocês perderam completamente a razão — nem sei por que me surpreendi, é claro que Aurora também entraria nessa sandice.
— Liz quer seguir em frente e voltar a ter uma vida normal. Ela precisa da sua ajuda nesse processo — Suze disse, enfática.
— E vou ajudá-la, mas não dessa maneira estúpida. Suze, pense um pouco, pelo amor de Deus! Dopá-la é tudo, menos a solução para superar um trauma — repeti pe