Théo Narrando
Essa noite, foi impossível esquecer. Desde o momento em que saímos daquele jantar, eu sabia que algo dentro de mim estava prestes a explodir. Os olhares, os comentários, aquele maldito shake achando que podia sequer cogitar tocar na minha Ava, meu sangue fervia. E ela, calma, elegante, sem provocar, mas provocando tudo em mim só por existir daquele jeito. Eu precisava lembrá-la e me lembrar que ela é minha. Só minha.
Assim que chegamos ao hotel, ela entrou no banheiro sem dizer nada. E eu fiquei ali, sentado na beira da cama, tentando conter a raiva que ainda corria nas veias, misturada com uma vontade absurda de tê-la. Minutos depois, ela saiu. Usando uma camisola fina e por baixo, bom, só o contorno da renda da calcinha já bastou pra eu esquecer qualquer negociação do dia. Ava sabe o efeito que causa em mim, mas age como se não soubesse. E isso me deixa louco.
Tomei um banho rápido, quase gelado, mas não serviu de nada. A imagem dela deitada na cama, com aquele olhar