O jantar prosseguiu com discursos breves, brindes e música suave.
Laís, radiante, trocava olhares discretos com Carlos, e Amália observava tudo com o coração dividido entre a alegria e a incerteza.
Quando o quarteto iniciou uma melodia mais leve, Fernando levantou-se e estendeu a mão para Natália.
— Conceda-me esta dança?
Ela hesitou por um segundo, depois sorriu, delicadamente.
— Claro.
Foram para o centro do jardim, onde o espaço havia sido preparado como uma pista de dança. O vestido dela se movia como uma nuvem sob a luz que fazia a pedraria brilhar a cada movimento, e o toque dele, firme e respeitoso, a guiava com naturalidade.
— Nunca pensei que soubesse dançar tão bem — murmurou ela, com um tom quase brincalhão.
— Você também dança muito bem — respondeu ele, num raro sorriso. — Acho que temos uma boa sintonia.
Ela riu baixo, e ele pareceu relaxar. Por um instante, os olhares que os cercavam desapareceram.
A música, o perfume das flores, o som das taças ao longe, tudo se dissol