Ao final do passeio, Julieta a conduziu de volta ao quarto. Natália respirou fundo, tentando absorver o que sentia. Apesar do esplendor da casa, dos corredores impecáveis e da cordialidade ensaiada dos empregados, a sensação era clara: ela não pertencia àquele lugar. A hostilidade de Catarina e Mariana já não era surpresa e agora somava-se a presença da bela amazona Paula, que parecia deixar claro que não era bem vinda.
Ao entrar, Julieta tentou segui-la.
— Não precisa, eu me arrumo sozinha. — disse Natália, tentando soar firme.
— Senhorita, é meu dever ajudá-la em tudo. — a voz da jovem era suave, mas havia convicção nela. — A senhora Catarina e a senhorita Mariana têm suas próprias criadas.
Natália percebeu, de imediato, a armadilha. Se recusasse, daria margem para zombaria e humilhações. Respirou fundo.
— Tudo bem, Julieta. — respondeu com um sorriso contido.
A criada sorriu timidamente e fez uma pequena reverência.
— Vou preparar o seu banho.
Quase correndo, Julieta desapareceu n