Capítulo 128
Mariana Bazzi
O som dos gritos ainda ecoava pela casa quando ouvi a voz firme vinda da escada.
— Cheguei a tempo de ver o espetáculo ou perdi a parte mais divertida?
Girei o corpo imediatamente, o coração acelerando — não de emoção, mas de raiva.
Ezequiel estava ali. Frio, calmo... e fora do lugar.
— O que você tá fazendo aqui?! — perguntei incomodada, isso é coisa minha. Não era para Ezequiel vir.
Ele ergueu levemente as mãos, como se estivesse inocente, e olhou para o lado, indicando um dos soldados.
— Um dos seus homens me avisou... disse que você estava em uma situação arriscada.
Meu olhar queimou o soldado que ainda estava em pé próximo à porta. Um garoto jovem, mal treinado, com mais medo no rosto do que sangue nas veias. O mesmo que me disse que avisaria o Don e eu não permiti.
Traidor.
— Essa missão era minha. MINHA! — gritei, avançando até o meio da sala. — Eu planejei, eu executei, eu levaria bala por isso se precisasse. E você... — e