Capítulo 59
Ezequiel Costa Júnior
Fiquei observando da colina, no alto da rua paralela, o desfile patético da limusine entrando no estacionamento do Bela 2. Aquela era claramente uma das muitas armadilhas que Yulssef ajudou a montar — e, ingenuamente dessa vez, achou que era dele o tabuleiro.
— Ele está lá dentro? — perguntei, sem tirar os olhos do carro.
— Tá. Idan Avelar entrou conforme o combinado. Os japoneses caíram direitinho — respondeu Mauro, ao meu lado, com o rádio ainda chiando.
— Muito bem... — murmurei. — Então é hora de fazer as peças dançarem. Não lembro do Avelar, mas se diz que é de confiança, eu acredito.
— Sim, fique tranquilo. Ele só estava de férias, passou alguns meses fora, mas definitivamente é de confiança.
Em menos de um minuto, os nossos homens apareceram das sombras. Caminhões fechando a saída da rua. Homens saindo dos becos, dos telhados, de dentro do próprio clube. Eles estavam por toda parte. Quando Mauro passou a ordem, os nossos se