POV Amara
Mesmo tentando sorrir, o medo de que a verdade venha à tona me paralisava.
O sorriso não passava de um tremor nos lábios, tão frágil que parecia prestes a se despedaçar. Era uma máscara, fina, quebradiça e que mal escondia o caos dentro de mim. Cada olhar cravado em mim parecia me arrancar pedaços. Era como se eu estivesse deitada em uma cama de hospital, mas ao mesmo tempo diante de um tribunal, prestes a ser julgada por crimes que nunca declarei.
Dominic insistia em permanecer ao meu lado. Eu podia sentir a presença dele, firme, sólida, como uma sombra protetora que não se afastava. Ele não precisava dizer muito, mas quando o fazia, sua voz carregava a firmeza de quem se coloca como escudo.
— Eu estou aqui. — Ele disse, com a convicção de um homem que acreditava que isso bastava. — E o filho… é meu.
Aquela frase era um golpe e, ao mesmo tempo, um alívio. Porque Dominic não apenas me defendia diante de todos, mas também reforçava a farsa que, de alguma forma, me mantinha a