Zeus interrompeu o aviso de Diya e, despreocupado, arqueou as sobrancelhas enquanto olhava para ela: — Diya, você realmente acha... que eu teria alguma intenção nojenta com você? Na visão dele, o que um marido pede à esposa não poderia ser classificado como algo indecente. Era algo natural, quase óbvio. No entanto, essas palavras chegaram aos ouvidos de Diya com um significado totalmente distorcido. Para ela, aquilo apenas confirmava o que já sabia: estava sendo iludida por seus próprios pensamentos. Zeus nunca havia gostado dela. Com ele, tudo o que ela havia experimentado eram explosões de frustração e raiva. Haveria algo mais que ele pudesse sentir por ela? Com esse pensamento, Diya ergueu lentamente os olhos e olhou para seus tios.Ruben, o mais protetor entre os irmãos da família Ribeiro, ficou visivelmente alterado. Seus olhos se encheram de uma raiva contida enquanto ele dizia:— Diya, se você decidir enganar seu avô desta vez, terá que estar preparada para continuar me
Cessar abriu a boca com dificuldade. Diya inclinou-se com esforço para ouvir melhor, mas, ao reconhecer o nome que ele pronunciou, as lágrimas que ela havia conseguido segurar voltaram a cair incontrolavelmente.Seu avô, mesmo depois de escapar da morte, ainda colocava sua felicidade futura como prioridade. Uma dor sufocante tomou conta do peito de Diya, deixando-a quase sem ar. No entanto, ela sabia que não podia demonstrar nada disso na frente de Cessar. Ela forçou-se a conter o impulso de segurar o peito e respondeu com a voz mais natural que conseguiu:— Vovô, eu e o Zeus já fizemos as pazes. Não precisa se preocupar com a gente.Cessar fez um gesto débil com a mão, mas soltou uma risada irônica logo em seguida:— Não me engane. Eu vi o vídeo. Vocês estão se divorciando, como podem ter se reconciliado? Diya, eu sei...Ele respirou fundo, com dificuldade, e só então continuou:— Eu sei que você é uma menina muito dedicada à família. Mas é justamente por isso que eu não quero que v
Dentro do quarto, Zeus sentou-se diretamente ao lado da cama de Cessar.Cessar, ao encarar aquele homem de quem nunca gostou, não fez questão de esconder seu descontentamento. Seu tom de voz, naturalmente, não foi nada amistoso:— Se você tem algo a dizer, diga de uma vez. Depois de hoje, talvez não tenha outra chance.Ele sempre havia escolhido os pretendentes de Diya não por aparência ou status, mas pelo caráter. O que importava se Zeus vinha de uma família poderosa? O que importava se ele era bonito? Se Zeus não tratava bem Diya, ele simplesmente não se enquadrava no padrão que Cessar considerava ideal para o marido da neta. Por isso, não havia necessidade de poupar Zeus.Zeus, sendo extremamente perspicaz, percebeu de imediato as implicações por trás das palavras de Cessar. Ele sabia que aquela conversa estava a um passo de terminar com ele sendo expulso do quarto. Ainda assim, por Diya, mesmo que tivesse que encarar insultos ou ser humilhado, ele estava determinado a continuar.—
— Zeus, o que você disse é mesmo verdade? Naquele momento, Cessar só queria uma promessa clara de Zeus. Sem isso, ele jamais poderia confiar Diya novamente a ele. Zeus nem hesitou antes de responder, acenando com a cabeça repetidamente: — Se qualquer palavra que eu disse hoje for mentira, que Deus me castigue! — Eu não acredito nisso. — Cessar balançou a mão com desdém. — Se você tiver coragem de dizer, eu terei coragem de acreditar. Agora, ele não duvidava mais da sinceridade de Zeus. No entanto, havia outro problema: os dois jovens claramente tinham sentimentos um pelo outro, mas ainda não conseguiam se comunicar de coração para coração. — Vocês dois precisam de alguma ajuda do seu avô? Cessar sabia que não deveria se intrometer nos assuntos dos jovens, mas seu coração, ansioso por ver o casal vivendo em harmonia, não conseguia evitar a vontade de ajudar. A resposta veio imediatamente. — Não, obrigado, vovô. — Zeus rejeitou sem pensar duas vezes. Na verdade, o des
A irritação tomou conta de Diya novamente. Só de pensar que precisava lidar com Zeus, aquele canalha, ela sentia uma vontade incontrolável de explodir. De repente, Diya se lembrou de Eduarda, de quem não tinha notícias fazia um bom tempo. Desde que Zeus começou a melhorar de seus ferimentos, a vida dela havia se tornado tão tumultuada que até se esqueceu completamente de Eduarda. Agora, com a doença do avô e estando no hospital, visitar Eduarda parecia algo conveniente. Com essa ideia, Diya virou o corredor e foi até o quarto onde Eduarda estava internada. Eduarda já havia saído da UTI. Pelos exames, seus sinais vitais estavam normais e ela não apresentava ferimentos graves. No entanto, mesmo assim, ela continuava inconsciente, sem dar qualquer sinal de que acordaria. Diya olhou para a mulher de meia-idade deitada na cama e, em seguida, virou-se para a equipe médica que cuidava dela. — Essa pessoa tem uma identidade especial. Assim que houver qualquer sinal de que ela vai aco
Diya percebeu Zeus primeiro e apontou para a direção da mesa de jantar:— Ainda faltam dois pratos, mas já estão quase prontos. Espere só mais um pouquinho. Naquele momento, ela parecia uma esposa dedicada, completamente à vontade enquanto preparava o jantar e esperava pelo marido que acabara de chegar do trabalho. Tudo aquilo parecia tão natural que Zeus começou a acreditar que essa sempre fora sua rotina. — Tudo bem. Zeus estava prestes a se sentar quando Diya, um pouco envergonhada, disse:— Ah, quase esqueci de te avisar. Antes de comer, é melhor lavar as mãos para ser mais higiênico. Desde que entrara em casa, Zeus havia ido direto para a cozinha, sem passar pelo banheiro. O comentário de Diya o fez lembrar dos tempos de criança, quando voltava correndo para casa depois de brincar com os amigos e, faminto, ia direto para a mesa de jantar, apenas para ser repreendido pela mãe por não ter lavado as mãos. A única diferença agora era que, em vez da mãe, a pessoa que o lembra
Percebendo o que estava fazendo, Zeus desviou o olhar, claramente constrangido, e tentou, com esforço, focar novamente no celular. Uma taça de vinho foi subitamente estendida em sua direção. Diya esticou suas longas pernas e inclinou-se relaxadamente contra a cabeceira da cama. — Zeus, aceita uma taça? Seus olhos curvaram-se em um sorriso, e seus lábios, mesmo sem batom, pareciam incrivelmente sedutores aos olhos de Zeus. Cada detalhe nela parecia irresistível, despertando nele um desejo incontrolável de beijá-la. Como que hipnotizado, Zeus aceitou o vinho sem hesitar. — Hoje… tem algo especial? — Perguntou ele, com a voz rouca devido ao calor que já queimava em seu corpo. Ele não conseguia lembrar exatamente quando, mas Diya havia se tornado a faísca que acendia as chamas dentro dele. Bastava um gesto simples dela para que ele sentisse seu autocontrole ruir. Diya curvou os lábios em um sorriso, seus olhos brilhando com uma leve confusão. — Não pode tomar uma taça de vi
— Você acha que, nesse momento, temos algo para conversar? A voz de Zeus soou rouca, enquanto suas sobrancelhas arqueadas e cada pequeno movimento em seu rosto exalavam uma intensidade masculina irresistível. Diya, embora fosse constantemente puxada pela intimidade do momento, lembrava-se a todo instante de seu propósito. Era essa determinação que a impedia de se entregar completamente ao prazer. — Que tal conversarmos sobre um contrato de filhos? Zeus riu, mas sua resposta veio carregada de um significado profundo: — Diya, você está testando minha paciência? Diya desviou o olhar, sentindo-se um pouco constrangida. Ela evitou encará-lo diretamente. Sabia que interromper o que estava prestes a acontecer era, no mínimo, indelicado. Mas, se não falasse naquele momento, temia que Zeus perdesse o controle e ela não tivesse mais a chance de discutir o assunto. — Só acho que algumas coisas precisam ser esclarecidas. Zeus não se levantou. Ele continuou acariciando-a com uma das