Diya olhou para o celular e viu as horas. Já estava tão tarde e Zeus ainda estava trabalhando. Ele havia esquecido que estava ferido?— Como está o ferimento do Zeus? — Diya perguntou.Mesmo com o divórcio iminente, e mesmo que a situação de Zeus não tivesse mais nada a ver com ela, ela sentia que não podia ignorar completamente o estado dele. Afinal, o ferimento era grave. Fazer uma pergunta ou duas, só para mostrar preocupação, parecia o mínimo que podia fazer.Patrick, por outro lado, percebeu imediatamente a oportunidade. Se Zeus tinha se machucado para protegê-la, e se Diya demonstrava preocupação, quem sabe isso não pudesse aproximá-los novamente? Ele resolveu dar um empurrãozinho na situação, acrescentando um pouco de drama à história.— O Sr. Zeus ignorou completamente as ordens médicas e saiu do hospital à força. Ontem ele passou a noite inteira cuidando de um paciente e nem teve tempo de descansar. E aí, para piorar, hoje os seus tios vieram causar toda aquela confusão. Sobre
Patrick respondeu rápido e de maneira obediente, mas, por dentro, ele estava cheio de preocupações. Diya estava prestes a chegar, e ele ainda estava no escritório. Se continuasse ali, acabaria atrapalhando o momento dos dois.Por outro lado, se ele avisasse Zeus sobre a chegada de Diya e saísse antes, a surpresa perderia o impacto. Portanto, o verdadeiro desafio era encontrar uma desculpa convincente para sair do escritório sem levantar suspeitas e deixar o espaço livre para o encontro dos dois.— É algo muito urgente? — Zeus perguntou, com um olhar desconfiado.Algo parecia estranho. Patrick estava agindo de forma diferente. Normalmente, ele explicava tudo espontaneamente, sem que Zeus precisasse perguntar. Mas agora, ele parecia relutante, quase como se estivesse escondendo algo.Será que o que Patrick tinha para fazer era algo embaraçoso? Zeus refletiu por um momento. Para um homem solteiro, com um bom trabalho e já na faixa dos trinta anos, só havia uma coisa que poderia ser difíci
Naquele momento, Zeus só conseguia pensar em como o universo parecia estar do seu lado. Ele havia liberado Patrick para "buscar o amor", e, em troca, foi surpreendido com a visita inesperada de Diya no meio da noite.Escondendo a alegria e a empolgação que surgiram em seus olhos, Zeus manteve o semblante frio enquanto abria a porta do escritório. Com uma expressão de aparente surpresa, ele perguntou:— Diya, o que você está fazendo aqui?Diya, que estava distraída procurando pelo corredor algum sinal de Patrick, jamais imaginou que Zeus apareceria de repente atrás dela. Ao se virar e encarar a expressão impassível de Zeus, ela ficou completamente sem palavras. A desculpa que tinha preparado se perdeu em sua mente.— Ah… o Patrick não está aqui?Assim que as palavras saíram de sua boca, Diya sentiu vontade de sumir. Que pergunta mais sem sentido! Mesmo que ela estivesse constrangida, como poderia entrar no escritório de Zeus e perguntar sobre seu assistente? Isso só deixava ainda mais ó
Zeus estava ferido. E considerando que os cinco tios de Diya eram homens altos e corpulentos, era fácil imaginar quem havia sido o alvo da surra.— Não foi nada.Enquanto dizia isso, Zeus terminou o mingau que estava comendo e colocou a tigela de lado. No entanto, o movimento brusco acabou puxando o ferimento, e uma dor aguda e inesperada o atingiu. Ele precisou se controlar para não emitir nenhum som, mas sua expressão pálida e o suor que começava a surgir em sua testa não passaram despercebidos por Diya.Ela imediatamente se aproximou, preocupada:— Zeus, o que foi?— Nada. — Ele afastou a mão que Diya estendeu em sua direção e, com um tom frio, deu o recado. — Patrick não está aqui. Você precisa de mais alguma coisa? Se não, pode ir embora. Eu tenho trabalho a fazer.Se fosse antes, Diya provavelmente teria saído sem insistir. Mas agora, vendo Zeus claramente forçando o corpo além dos seus limites, ela não podia simplesmente ignorar.— Você está ferido e não descansa. O que você est
Diante das reclamações incessantes de Diya, Zeus não se sentia nem um pouco incomodado. Pelo contrário, aquilo lhe trazia um calor inexplicável ao peito. Ele sequer pôde evitar o pensamento: e se pudessem ficar assim para sempre?De repente, uma pontada aguda atingiu seu ferimento, fazendo-o reagir instintivamente e olhar para a responsável.— Você me machucou! — Reclamou Zeus.— Eu sei, fiz de propósito! — Diya respondeu sem um pingo de remorso. — Já tá todo arrebentado e ainda consegue fazer essa cara de tarado. Será que na sua cabeça só existe sexo? Não dá pra pensar em algo normal por um segundo sequer?Zeus abriu a boca, mas nem teve chance de se defender. No entanto, sem querer, seus olhos deslizaram pelo corpo de Diya, captando cada detalhe tentador. O decote generoso, as pernas longas e expostas enquanto ela se inclinava para trocar o curativo…A cena provocante encontrou um atalho direto para sua mente, trazendo à tona lembranças perigosas. Ele já conhecia aquele corpo, sabia
Zeus já havia partido fazia tempo. Diya passou a mão pelo espaço vazio ao lado dela, sentindo o frio que ele deixara. Não ficou nem um pouco surpresa. Ao se esforçar para se sentar na cama, ela finalmente percebeu o quanto Zeus havia sido implacável na noite anterior.Suas pernas estavam tão fracas que tremiam com o menor movimento. Qualquer tentativa de caminhar parecia impossível, muito menos sair da cama. Olhando ao redor, ela observou o ambiente desconhecido e franziu as sobrancelhas.Mesmo com o corpo naquele estado, ela sabia que não podia simplesmente permanecer para sempre no quarto de descanso do escritório de Zeus.Com os dentes cerrados, Diya se levantou com dificuldade. Quando seus pés tocaram o chão, suas pernas tremiam tanto que ela quase caiu. Porém, o movimento trouxe algo pior: um calor úmido escorreu de seu corpo, deslizando lentamente pela parte interna de suas coxas até alcançar os calcanhares.Quando ela percebeu o que era, a vergonha tomou conta dela por completo,
Uma onda de emoções acumuladas explodiu dentro de Diya, dissipando qualquer vestígio de afeto que ela pudesse sentir por Zeus.Sim, esse era o verdadeiro Zeus. Ela finalmente enxergava com clareza que nunca ocupou espaço algum no coração dele. Tudo não passava de uma ilusão tola da parte dela, que, ao vê-lo levar uma facada para salvá-la, se deixou levar por sentimentos intensos e irracionais, entregando-se de corpo e alma.Agora, tudo fazia sentido. Para lidar com Zeus, ela precisava aprender a bloquear o coração e trancar o amor. Só assim poderia proteger a si mesma. E ela… se esforçaria para conseguir.Sob o olhar autoritário e dominador de Zeus, Diya terminou de comer com dificuldade o café da manhã que Patrick havia se levantado cedo para comprar. Assim que terminou, sem olhar para trás, ela deixou o Grupo Santos.Em contraste com Diya, Zeus parecia estar de excelente humor. O homem que geralmente era um tirano perfeccionista no trabalho, naquele dia, transformou-se em um "lobo so
Ao olhar para Igor, Diya sentiu uma mistura de alegria e inquietação. Ela estava feliz por ter encontrado um executivo tão talentoso para assumir a presidência da empresa, mas também não conseguia evitar a preocupação. Igor era alguém tão capaz e promissor, que parecia improvável que permanecesse por muito tempo na *família Ribeiro*. Afinal, ele estava ali apenas para ajudar, e quando o prazo terminasse, inevitavelmente ele iria embora. — Então eu vou aproveitar, hein! — Igor disse, com um sorriso descontraído. Igor sempre foi uma pessoa aberta e despreocupada. Na presença de Diya, ele não se continha, nunca escondendo o que pensava. Pegou o cardápio e começou a examiná-lo, sem cerimônia. Era a primeira vez que Igor estava em Malanje e, consequentemente, a primeira vez que visitava aquele hotel. Ele não fazia ideia de quais pratos eram os melhores. — Com licença, pode nos ajudar? É a nossa primeira vez aqui. O que você recomenda? — Igor perguntou ao garçom. O garçom abriu um