Em um quarto sombrio, Nanda estava sentada contra a luz, sua silhueta encurvada, soltando suspiros constantes:
- Que desgraça... Realmente uma desgraça...
Jasmim se aproximou cuidadosamente, falando baixinho:
- Vovó, sinto muito por tocar em algo que a deixa triste.
Nanda suspirou novamente e acenou com a mão:
- Era apenas uma criada, são coisas do passado, deixa para lá.
Jasmim se agachou, segurando sua mão, e perguntou cautelosamente:
- Ela não cuidava bem da senhora?
Os cantos dos olhos de Nanda, marcados por rugas, pendiam pesadamente, carregados de preocupações:
- Se pode dizer que sim.
Mesmo sem querer sondar nada, Jasmim realmente sentia por Nanda, por esta mulher mais velha que tanto cuidara dela.
- Vovó, a família Lopes pode não ter sido boa comigo, eu lembro, mas a senhora foi, e eu também lembro disso. Se houver algo em que eu possa ajudar, me diga a qualquer momento, farei o que puder.
Ela tinha um rosto doce, de coração caloroso e compreensivo. Nanda ficava cada vez mais a