Karina continuou:
— Quando a pessoa enfrenta uma escolha, naturalmente escolhe o que mais importa, não é? Você, entre mim e a Vitória, escolheu ela. Isso é algo bem normal.
— Karina... — A voz de Ademir ficou rouca assim que ele falou.
Karina sorriu desinteressada:
— Eu deveria te culpar por gostar dela e não de mim?
Nesse momento, o homem ficou sem palavras.
Ademir queria explicar que a situação não era bem assim, mas, de fato, os acontecimentos de três anos atrás se desenrolaram dessa maneira, e ele não podia negar o que havia ocorrido.
Karina imitou o jeito de Ademir e passou a mão pelos cabelos dele.
— Sentimentos não podem ser forçados. Por isso, não te odeio por causa disso. Mas... — Karina retirou a mão dele. Seu tom de voz e olhar ficaram frios. — Você não deveria ter mentido para mim. Você ainda se importa com ela, mas não admite. Enquanto me iludia, estava ajudando ela. E, sobre isso, eu realmente te odeio.
Ademir ficou paralisado, sua garganta se moveu:
— Karina, eu...
— Ent