— O que está pensando? — Ademir esfregou a cabeça de Karina. — Está brava?
— Não, não. — Karina percebeu a pergunta e sorriu ao olhar para ele. — É que a pessoa que você já amou disse que sou falsa.
— Ela está errada. — Ademir sorriu de maneira suave e carinhosa. — Você, comigo, ainda precisa ser falsa?
— Preciso. — Karina sorriu e fez um gesto afirmativo com a cabeça. — Só precisava que soubesse disso.
Karina o empurrou levemente, se virando em direção à sala de jantar.
— Acordando tão tarde, estou morrendo de fome!
Ademir a seguiu, mas caminhando mais devagar, até que ambos se sentaram à mesa.
Karina abaixou a cabeça, comendo em silêncio.
Depois de um tempo, Ademir finalmente falou, quebrando o silêncio.
— O que ela disse antes... Foi você quem fez?
Finalmente, a pergunta foi feita.
Karina engoliu o que tinha na boca e, sem hesitar, levantou os olhos para ele.
— Foi.
Ela admitiu, sem nenhuma dúvida.
Não havia razão para esconder aquilo; se Ademir quisesse descobrir a verdade, não ser