O olhar dele era tão intenso que Karina mal conseguia suportar.
— Posso me trocar?
— Por quê? Não gostou? — Ademir franziu a testa.
Karina hesitou, mas respondeu:
— Não é adequado para usar agora, certo?
Era um vestido de noite, apropriado para ocasiões de gala.
Ademir riu baixinho, se levantou de repente e envolveu a cintura de Karina, girando-a até que ficasse deitada de bruços na cama.
Karina ficou surpresa e, antes que pudesse perguntar, o homem já estava por cima dela.
Uma mão segurava seu ombro e a outra, sua cintura.
Ele parecia não estar usando força, mas mantinha Karina sob controle firme.
— Ademir?
— O que houve? — Ademir respondeu casualmente.
Então, as costas de Karina ficaram rígidas.
Nas suas costas, quentes e secas, estavam os beijos de Ademir.
Leves.
Ciente de que aquele momento era inevitável, Karina fechou os olhos e apertou os lençóis sob si.
— Sabe? — A respiração de Ademir estava em seu ouvido. — Quando comprei este vestido, pensei em como você ficaria linda nele.