Ademir observava tudo atentamente e sabia que ela estava assustada.
Isso era algo bom.
Só quem tinha medo era capaz de aprender e evitar cometer os mesmos erros.
Quando o tempo da acupuntura terminou, Karina retirou as agulhas com cuidado.
— Sr. Ademir, descanse bem, vou sair agora. — Ela guardou o saco de acupuntura e se levantou.
— Dra. Costa. — Ademir a chamou de repente, pegando mais uma vez seu pulso.
— O que foi? — Karina perguntou, surpresa, e incomodada com a forma como ele segurava seu pulso. — Tem mais alguma coisa?
Ademir abriu a boca, sentindo a resistência dela.
No final, não disse nada e soltou o braço dela.
— Nada.
— Então eu vou sair. — Karina estava, na verdade, tentando fugir.
Ademir deu um sorriso amargo. Será que Karina realmente o rejeitava tanto assim?
Bem, se não o rejeitasse, ela não teria fugido dele três anos atrás.
E agora, mesmo vivendo sob o mesmo teto, Karina sabia muito bem que não havia nada que ele não pudesse fazer na Cidade J.
Mas, mesmo assim, Karina