Ainda bem que Simão conseguiu segurá-la pela cintura a tempo, impedindo ela de cair ou de ir parar nos braços do outro.
— Desculpe. — Patrícia se endireitou rapidamente, ajeitou o cabelo e pediu desculpas.
Ao olhar para cima, ficou estagnada.
Simão também estava surpreso.
— Sr. Pinto, há quanto tempo, não é?
— Sr. Nogueira.
Filipe lançou um olhar para o braço de Patrícia que estava preso ao de Simão, soltando um sorriso suave, e disse:
— Realmente, quanto tempo.
Essa frase se referia a Patrícia. Nos últimos três anos, o número de vezes que se encontraram foi, de fato, muito pequeno. Ou era no hospital, ou em algum evento, onde ela sempre estava quieta, observando de longe, em algum canto.
— Quando tivermos tempo, podemos sair juntos.
— Claro.
Após esse breve diálogo, o braço de Simão saiu da cintura de Patrícia, agora apenas segurando sua mão.
Com uma voz suave e gentil, ele disse:
— Vamos.
— Certo.
Patrícia, como uma criança, obedeceu docilmente, deixando que ele a segurasse pela mão.