No jardim, Stéphanie, acompanhada de um dos empregados, dava um banho no cachorrinho. Desde que Ademir havia se mudado, Otávio, se sentindo solitário, resolveu adotar um cãozinho para fazer-lhe companhia.
Na varanda, Otávio e Ademir estavam sentados, conversando. Otávio apontou para a direção de Stéphanie.
— Eu vejo pelo seu comportamento que você está pensando em aceitá-la, não é?
Ademir não negou de imediato, e em vez disso, perguntou a Otávio:
— O senhor gosta dela? O que acha dela?
— Eu? — Otávio riu ao ouvir a pergunta, logo balançando a cabeça e gesticulando com as mãos. — Essa é uma decisão importante para a sua vida, não me pergunte isso.
— Mas como assim? — Ademir insistiu. — É importante que o senhor goste dela, o senhor tem que concordar primeiro.
— Não. — Otávio continuou a balançar a cabeça, olhando para o neto com um olhar um tanto melancólico. — A pessoa com quem você vai passar a vida inteira, quem tem que gostar é você. Eu não tenho nada a ver com isso.
— Vovô...
— Não