Ainda bem que, num momento tão desesperador, havia uma criança!
Ademir viu uma centelha de esperança:
— O bebê está para nascer... Você quer que ele venha ao mundo na cadeia? Quer que ele tenha uma mãe criminosa?
Karina, de repente, ficou em silêncio.
Ademir continuou:
— Você precisa pensar no futuro. Quando ele crescer, seu histórico vai afetar o futuro dele também!
Sim.
Karina piscou os olhos. Ela não tinha pensado nisso com clareza.
Se sentia culpada, como se tivesse que fazer algo qualquer coisa para aliviar sua culpa. Mas, justamente por isso, acabava esquecendo que ainda era mãe!
Ao ver que Karina começava a se acalmar, Ademir finalmente respirou um pouco mais aliviado.
— Eu já falei com o Sandro. Sem o advogado e sem mim presente, eles não vão te interrogar. — Ao dizer isso, Ademir olhou ao redor. — Aqui tem poucas coisas... Vou mandar trazer o que você costuma usar. Vai ter que aguentar uns dias, mas confia em mim, eu vou encontrar uma saída e tirar você daqui!
Karina o encarav