— Sim, Sr. Pinto.
No segundo seguinte, Ademir pegou Karina nos braços e a levou até o carro do lado de fora.
Karina manteve os olhos fechados, ignorando ele por completo, com uma postura claramente de rejeição.
O coração de Ademir doía profundamente. Ele afagou os cabelos dela com ternura.
— Karina, é você quem eu amo. Agora, o que sinto é por você. Por favor, acredite em mim desta vez. Eu não a protegi, eu não fiz nada.
O lugar não era apropriado, o momento tampouco.
Ele nunca imaginou que acabaria dizendo tais palavras num espaço tão estreito quanto o interior de um carro.
— Se existe alguém por quem eu perderia a cabeça, por quem eu ignoraria as leis... Essa pessoa só poderia ser você.
Os cílios de Karina estremeceram suavemente, mas ninguém saberia dizer se ela acreditou naquelas palavras.
...
De volta ao hospital, a cirurgia havia terminado.
— Como ele está, doutor? — À porta da sala de cirurgia, Júlia e Zeca encaravam o médico com olhos cheios de ansiedade e fragilidade.
— A ciru