Passava um pouco das seis quando Ademir chegou. Karina estava sentada no sofá, como se estivesse esperando por ele de propósito.
— Karina, cheguei. — Ele tirou o casaco, o pendurou e se aproximou, querendo abraçá-la.
Mas Karina levantou a mão e apontou para o lado oposto:
— Se sente ali.
O olhar dela indicava que ela tinha algo a dizer. Ademir hesitou por um momento, assentiu e foi se sentar em frente a ela.
Com a voz rouca e suave, ele perguntou:
— Aconteceu alguma coisa?
— Sim.
Karina assentiu, pegou uma pasta de documentos ao seu lado, a abriu e retirou dois papéis, os colocando diante dele. Com a cabeça baixa, seu tom era calmo:
— Eu já preparei o acordo e assinei. Dê uma olhada, se estiver tudo certo, você assina, e podemos seguir com o divórcio.
O quê? Acordo de divórcio?
Ademir ficou tenso, pegou os documentos. Era um acordo de divórcio!
Ele segurava uma folha muito fina nas mãos. Ao ler o conteúdo, viu que era sobre o término do casamento devido ao rompimento emocional.
Karina