Aproveitando que Ademir ainda não tinha saído, Karina se levantou e foi até a cozinha. Procurou uma caixa e, com cuidado, colocou o pequeno boneco de neve dentro dela. Em seguida, fechou a tampa com delicadeza. Por fim, colocou a caixa no congelador da geladeira.
Karina mordeu o lábio e sorriu. Assim, a neve não derreteria...
— Karina. — Ademir apareceu na porta, já sem o casaco, usando apenas a camisa social. — O que você está fazendo?
— Nada... — Karina sentiu seu coração acelerar e, apressada, fechou a porta da geladeira. — Estou fazendo o jantar. Já lavou as mãos? Vem logo, estou morrendo de fome.
Tentou manter o tom o mais calmo possível, com medo de, sem querer, revelar algo...
...
Na tarde seguinte.
Karina acordou da sesta e foi para a aula de ioga. Quando a aula terminou, já eram quase às seis horas.
Ao sair da sala, recebeu uma ligação de Ademir:
— Onde você está? Em casa?
— Não. — Karina respondeu. — Acabei de sair da aula, estou a caminho de casa.
— Que bom, eu também estou