— Você, você... — De costas para ele, o rosto de Karina já estava vermelho. — Então, vou bater na porta, mas não me deixa entrar, ok?
— Qual é o problema? — Ademir estava completamente indiferente. — Você fica me olhando, já não me viu o suficiente?
Karina ficou sem palavras. Como as coisas poderiam ser iguais a antes? Ela não tinha nem ânimo para discutir.
Vendo Karina tão envergonhada que não ousava se virar, Ademir riu:
— Como assim ainda está sem jeito? Ontem à noite, não foi você quem me deixou sem roupa? Será que fui eu quem fiz tudo sozinho?
Karina finalmente se lembrou do motivo pelo qual estava ali e ainda estava segurando as roupas dele nas mãos.
— Suas roupas, você ainda quer?
— Quero. — Ademir sorriu enquanto se aproximava, esticando a mão para pegar as roupas e, ao passar perto, soprou suavemente no ouvido dela. — Mostrar a você era o mínimo, mas sair assim não dá.
O rosto de Karina ficou ainda mais quente, ela virou o corpo para o lado, tentando se afastar