— Não pense bobagem, Sr. Ademir não disse nada errado. Salvar vidas não tem certo ou errado. — Patrícia a consolou. — Catarino vai ficar bem. Ele tem uma irmã que o ama, ele vai superar isso.
— Eu espero que sim.
Uma hora depois, a porta da sala de cirurgia se abriu novamente.
Era a mesma enfermeira de antes.
— Dra. Costa.
— E então? — Karina sentia seu coração bater forte, quase saindo do peito.
— A artéria principal já foi suturada. Pode ficar tranquila. — O tom da enfermeira parecia bem mais leve do que antes. — A cirurgia de Catarino foi concluída, ele está saindo agora.
Ao ouvir essas palavras, Karina finalmente relaxou. A tensão que a dominava foi, enfim, aliviada.
— Muito obrigada, por ter vindo pessoalmente.
— Não há de quê, somos do mesmo hospital.
Na verdade, a enfermeira não tinha obrigação de vir até ali apenas para confortar os familiares. Isso só aconteceu porque Karina era funcionária do hospital. Não teve nada a ver com a posição de Ademir.
— Dra. Costa, vou deixar