Karina, raramente, não retrucou.
Ela parecia um pouco frustrada:
— Eu sei que está errado, mas não consigo controlar. Eu tenho medo...
Medo de que algo aconteça com o Catarino. Até a menor das cirurgias tem seus riscos!
Se realmente acontecer algo, e o Catarino se machucar, ela nunca vai se perdoar por isso, por toda a vida!
À medida que falava, seus olhos se encheram de lágrimas.
Ademir sentiu uma dor imensa no coração por ela.
Ele se conteve, mas não conseguiu evitar. Se curvou e a abraçou fortemente.
— Não tenha medo, a responsável pela cirurgia não é a colega do Dr. Felipe, uma médica famosa da cirurgia hepática e biliar?
— Sim. — Karina, do ponto de vista técnico, confiava totalmente.
Mas, do ponto de vista de uma irmã, ela não conseguia ser completamente racional.
— Veja bem, o hospital tem tecnologia, nós temos dinheiro. — Ademir tentou acalmá-la, brincando um pouco. — O que mais teríamos que temer?
Finalmente, Karina sorriu.
— Fico feliz em ver você sorrindo, não fique tão tens