— Você... — Karina estava tão chocada que nem conseguiu terminar a frase.
Ficou apenas olhando para Lucas, atônita, questionando se aquele homem diante dela ainda era o mesmo.
Lucas riu suavemente, mas seu sorriso carregava um amargor profundo:
— Por que está me olhando assim?
Será que ele não entendia? Ele estava tão estranho!
Karina hesitou antes de perguntar:
— Por que está fazendo isso?
— Não há um porquê. — Rspondeu Lucas, com tranquilidade. — Essas coisas pertenciam à sua mãe. Ela já se foi, então devem ficar com vocês dois.
Fazia sentido, de fato... Mas Karina não conseguia entender por que, anos atrás, ele se recusava a dar qualquer coisa.
Agora agia com tanta generosidade, mas no passado... Ele a havia empurrado até o limite!
Lucas compreendeu o que se passava no coração da filha e falou, com um tom cheio de culpa:
— O que passou, não pode mais ser mudado. Isso tudo é seu por direito, aceite. Leve essas coisas com você. A parte que pertence a você e ao Ca