Quando estavam quase chegando à Rua de Francisco Antônio, Karina acordou.
— Já chegamos?
— Quase. — Ademir ficou um pouco decepcionado. Como ela conseguiu dormir tão pouco tempo? — Descansa mais um pouco, eu te chamo quando chegarmos.
— Não, não vou dormir mais. — Karina balançou a cabeça, pegou o celular e ligou para Patrícia. — Patrícia, sou eu... Sim, voltei. Me espera na esquina, pode ser? Está nevando, tenho medo de escorregar... Tá bom.
Ademir, ao lado, ouviu a conversa e seu olhar foi escurecendo pouco a pouco.
Ainda nem tinham chegado, e Karina já havia se organizado. Ela claramente não queria que Ademir a acompanhasse.
Assim que dobraram a esquina, chegaram à Rua de Francisco Antônio.
— Pode parar ali mesmo. — Karina se virou para Ademir e lhe sorriu. — Obrigada. A Patrícia veio me buscar, eu vou descer agora.
— Tá bom. — Ademir engoliu seco, mas sentiu um amargor na boca.
Do outro lado da rua, Patrícia, vestida com um casaco vermelho vibrante, correu animada