Ao voltar para a Rua de Francisco Antônio, Karina correu até seu quarto, abriu uma caixa e retirou um grande fichário.
Toda a documentação referente à sua dissertação estava ali, cuidadosamente organizada, cada papel arrumado com precisão.
Era o fruto de seu esforço, de noites em claro e pesquisas intermináveis. Karina jamais seria capaz de jogá-los fora ou deixá-los desorganizados.
Com esses documentos em mãos, ela tinha provas suficientes para defender sua inocência.
Mas, ainda assim, uma sensação de desconforto não a deixava em paz...
Na manhã seguinte, Karina entregou todos os documentos a Felipe.
— Dr. Felipe, está tudo aqui. — Ela disse, tentando disfarçar sua apreensão.
— Ótimo. — Felipe olhou cuidadosamente para os papéis, com um semblante aliviado. — Com isso, vamos ver o que aquela Sílvia vai dizer agora! Denunciar é fácil, mas precisa ter fundamento, não dá para espalhar palavras ao vento sem provas, não é?
— É... — Karina respondeu, mas a ansiedade não a abandonava.
Agora