Karina acabava de pegar a maçaneta e, ao girá-la, sentiu uma pressão nas costas. Ademir se aproximou, estendeu o braço e, com um movimento brusco, fechou a porta novamente com força.
Uma voz grave ecoou acima da sua cabeça:
— Está bem, eu vou ao médico, mas você vai comigo.
— O quê? — Karina não entendeu. — Por que eu teria que ir com você?
— Karina. — Ademir estava visivelmente frustrado. — Você é minha esposa! Você tem que me acompanhar!
— De fato, eu sou sua esposa. — Karina o olhou com uma expressão divertida, mas muito calma. — Mas, Ademir, o seu machucado não foi por minha causa. Meu marido se machucou por outra mulher, então por que eu tenho que cuidar de você?
— Karina!
— Ah, sim. — Karina sorriu levemente e disse de maneira casual. — A Vitória não pode cuidar de você agora. Sr. Ademir, você tem muito dinheiro, pode contratar uma enfermeira, ou até duas, se uma não for suficiente...
— Karina! — O rosto de Ademir estava escuro como tinta, e ele não pôde mais se conter, interromp