Vitória rastejava lentamente, como uma criatura frágil, avançando com dificuldade em direção à porta.
"Ademir, Ademir, estou aqui, aqui!"
A distância era de apenas alguns metros, mas parecia um abismo imenso.
De repente, Vitória congelou, os olhos arregalados, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.
"Que cheiro é esse?"
Ela parecia ter percebido o cheiro de algo queimado. Ao olhar para cima, notou que, do lado de fora da janela, havia chamas.
Os olhos dela se abriram ainda mais, o fogo estava lá!
Não, não!
Vitória começou a balançar a cabeça freneticamente, as lágrimas não cessavam, e o medo tomou conta de seu coração.
"Como isso aconteceu? Como pode haver fogo aqui?"
Ela estava sem palavras, suas mãos e pés estavam amarrados, e a pergunta ecoava em sua mente: será que iria morrer queimada aqui?
Lutar não adiantava. Vitória se deitou no chão, chorando desesperada.
— Ademir! — Gritou Júlio, enquanto outros chegavam para ajudar. — Todos chegaram! Já mandei que procurassem com