— O que você perdeu? — Karina também ficou curiosa.
— O isqueiro. — Ademir fez um gesto com a mão. — Aquele isqueiro que eu sempre uso.
Karina fez uma leve lembrança e perguntou:
— Será que não ficou em casa?
Ela se lembrava de tê-lo visto na noite anterior, na sala de estudos.
— Não. — Sem encontrar nos bolsos, Ademir desistiu de procurar, franzindo a testa e balançando a cabeça. — Quando saí da empresa, ainda usei esse isqueiro.
Era claro que ele gostava muito daquele isqueiro.
Ele continuou:
— Esse isqueiro foi um presente de aniversário que meu avô me deu, há um ano.
Presentes de aniversário, especialmente os dados por alguém tão importante, seriam uma perda grande.
— E se ficou no carro? — Karina também parou de comer e guardou a caixa de pastéis de nata. — Vamos dar uma olhada no carro.
— Certo.
Os dois entraram no carro e procuraram cuidadosamente.
Mas, infelizmente, não encontraram o isqueiro.
Ademir soltou um suspiro e pegou Karina, que ainda estava