Na sala de estudos.
Ademir, irritado, tirou um cigarro do maço e se preparou para acendê-lo.
Mas logo se conteve.
Karina estava grávida e não podia sentir o cheiro de fumaça. Ela proibira ele de fumar dentro de casa.
Se quisesse fumar, teria de ir até a varanda ou o jardim.
A frustração aumentou instantaneamente, e ele atirou o cigarro com raiva.
Nesse momento, o celular tocou.
Era Júlio.
— O que foi?
— Ademir... — Júlio falou, um pouco agitado. — Não sei se devo te contar isso.
Ademir estava de mau humor, mal conseguia ouvir os devaneios de Júlio.
— Fala logo! Se não vai dizer, para que está me ligando?
— Tá bom... — Júlio, ao perceber que Ademir não estava disposto a esperar, se conteve. Agora ele realmente estava nervoso. — Ademir, você lembra daquele grampo de cabelo?
Grampo de cabelo?
Ademir apertou os olhos e começou a brincar com o isqueiro na mão.
Sua mente, de repente, ficou mais alerta.
— Você está falando do grampo de borboleta?
— Isso mesmo, Ad