Karina entendeu o que estava acontecendo e disse a Wanessa:
— Vou chamá-lo.
— Então vou descer e preparar tudo.
— Tudo bem.
Karina se virou e foi até a porta do escritório, levantou a mão e bateu à porta.
— A porta não está trancada! — A voz grave e irritada de Ademir ecoou do interior.
Karina respirou fundo e empurrou a porta para entrar.
Atrás da mesa, o homem estava relaxado na cadeira, com as pernas esticadas sobre a mesa. Estava de frente para o computador, aparentemente vendo alguma coisa.
Temendo que ele estivesse ocupado com algo relacionado ao trabalho, Karina não se aproximou muito.
— Ainda está ocupado? A comida já está pronta.
Ademir nem sequer levantou os olhos, recusando com firmeza:
— Não vou comer.
— Por quê? — Karina, que já conhecia o temperamento dele, achou que essa atitude de recusa era infantil demais. — Coma, não faça birra.
Ao ouvir essa frase, Ademir levantou os olhos, surpreso.
— Então, a Sra. Barbosa percebeu que estou fazendo birra?
— Percebi. — Karina fran