— Certo, Ademir.
Depois de desligar o telefone, Vitória se aproximou:
— Ademir.
Ademir apagou o cigarro distraidamente e acenou com a mão, dizendo:
— Entre primeiro, aqui está com cheiro de fumaça. Grávidas não podem sentir cheiro de cigarro.
— Tudo bem.
Quando o cheiro se dissipou, Ademir abriu a porta e entrou, pegando a água que Vitória lhe entregou.
— Ainda está se sentindo mal? — Perguntou Vitória, carinhosamente.
— Um pouco. — Ademir tomou a água e se jogou no sofá. — Eu me descuidei e acabei bebendo demais.
Ele apontou para a cabeça, continuando:
— Estou com um pouco de dor, mas só preciso sentar um pouco e vai passar.
— Deixa eu fazer uma massagem em você. — Vitória se levantou e sentou ao lado dele, arregaçando as mangas, sem lhe dar chance de recusar. — Feche os olhos, quando meu pai bebia demais, eu sempre massageava ele.
Ao sentir os dedos de Vitória tocarem sua cabeça, Ademir não resistiu.
— Obrigado.
Vitória sorriu levemente e disse:
— Por qu