— Foi minha falta noção. Eu causei isso ao seu avô. — Vitória chorava, cheia de remorso. — O que eu devo fazer agora? Talvez eu deva fazer uma declaração, explicando tudo...
— Não precisa. — Ademir suspirou e balançou a cabeça, franzindo o cenho. — O que aconteceu, aconteceu. Deixe as coisas como estão.
— Deixar como estão? — Vitória ficou atônita, sem entender direito. — O que você quer dizer com isso?
Ademir a encarou por um instante e respondeu calmamente:
— A Karina já saiu da Mansão da família Barbosa. Vou assumir a responsabilidade por você e pela criança.
Vitória estremeceu de emoção, cobrindo a boca em puro júbilo.
Finalmente!
— Isso é verdade?
— Sim. — Ademir assentiu levemente. O estado de seu avô não estava bom, e ele não queria prolongar aquela conversa. — Mas, por enquanto, meu avô ainda não pode aceitar essa situação. Vamos esperar ele se recuperar, e então, com o tempo, o convenceremos.
Com lágrimas nos olhos, Vitória assentia repetidamente.
— Eu ente