— Entendido.
Ao desligar o telefone, Karina estava diante de Ademir. Os olhos dele estavam levemente avermelhados, e sua voz era calma, mas carregava uma melancolia contida.
— Ele se foi.
Karina fechou os olhos por um momento, sem dizer nada. Apenas se aproximou e abraçou Ademir. Ela podia sentir o leve tremor que percorria o corpo dele.
Naquele instante, Ademir sofria profundamente, não era?
Agora, parecia claro que os verdadeiros culpados eram Arthur e Mônica. A vida de Daniel foi marcada pela infelicidade. Seu trágico fim dava a impressão de que ele havia passado por este mundo em vão.
Karina deu leves tapinhas nas costas de Ademir e disse:
— Faça um bom funeral para o Daniel. Dê a ele uma despedida digna.
Ademir assentiu.
Embora Ademir quisesse organizar um bom funeral, o evento acabou sendo bastante simples. Durante os anos que viveu no País G, Daniel não fez muitos amigos. Ele guardava rancor dos pais e desprezava a vida que lhe havia sido dada ao nascer.
Foi nesse momento que Ad