Patrícia franziu a testa:
— O hospital tem cuidadores que podem ajudar.
— E em casa? — Filipe já imaginava o que Patrícia diria. — Encontrar um cuidador não é algo que se resolve imediatamente. Na situação do tio, ele só precisa de ajuda para entrar e sair de casa. Não faz sentido contratar um cuidador em tempo integral.
Patrícia ficou um pouco sem saber o que dizer.
A porta do quarto se abriu, e Laura saiu, olhando para os dois jovens:
— Sobre o que vocês estão conversando? — Laura perguntou, um pouco sem jeito, se dirigindo a Filipe. — Filipe, o Ruben quer ir ao banheiro...
— Certo. — Filipe respondeu sem hesitar. — Vou agora mesmo.
— Obrigada.
— Não há de quê...
Filipe entrou no quarto.
Na porta, Laura e Patrícia trocaram um olhar, e Laura suspirou levemente:
— Dizem que o genro é como meio filho, e isso é verdade.
— Mãe! — Patrícia, que já não estava se sentindo bem, ficou ainda mais irritada ao ouvir isso. — Ele não é mais seu genro. Nós já nos divorciamos há muito tempo!
— Ah, mi