Patrícia chorava, incapaz de compreender o verdadeiro significado das palavras de Filipe:
— O que há com você que não admite isso?
Filipe deu um sorriso seco, sem dizer uma palavra.
Patrícia usava as palavras como facas, cravando-as diretamente no coração de Filipe.
O vento do mar soprava contra o rosto de Filipe, o forçando a fechar os olhos, como se grãos de areia tivessem sido lançados em seus olhos, os deixando irritados e úmidos.
Filipe piscava desesperadamente, pensando: “Se eu pudesse trocar minha vida pela da Patrícia, como seria bom! Um homem ruim, como eu, não sofre nada. Mas logo a minha Patrícia...”
Naquela noite, eles voltaram para a mansão.
Já era madrugada quando Patrícia acordou novamente, cobrindo a boca e correndo para o banheiro.
Filipe, sempre alerta, se levantou e a seguiu, a observando enquanto ela se inclinava sobre o vaso sanitário, vomitando, claramente desconfortável.
Patrícia não tinha comido muito naquela noite. Dessa vez, não era uma indigestão.
Filipe perm