Naquela noite, Karina e Ademir permaneceram no hospital.
Catarino estava bem, havia terminado o tratamento e dormia tranquilamente.
Ademir orientou o cuidador a ficar de olho em Catarino e levou Karina para fora do quarto.
Karina não havia comido nada o dia inteiro, se continuasse daquele jeito, antes que o irmão melhorasse, seria ela quem desabaria.
— Vamos. — Ademir segurou a mão de Karina e a conduziu para fora do quarto. — É só uma refeição, aqui perto do hospital. Não vai tomar muito tempo.
De mãos dadas, os dois saíram do prédio do hospital.
Ao cair da noite, começou a nevar na Cidade W.
Comparada à Cidade J, a Cidade W era menos populosa, o que a tornava especialmente tranquila, sobretudo naquela noite silenciosa, em que se podia ouvir o som da neve caindo.
Karina olhou para baixo, observando a mão que Ademir segurava, e mordeu os lábios.
— Você, agora há pouco...
Mas foi Ademir quem falou primeiro:
— Catarino me chamou de cunhado. Por que você não o corrigiu? Parece que você ta