Filipe não se defendeu das acusações de Simão.
Sim, ele era um canalha.
Mas, e Simão? Ele era alguma coisa melhor?
Filipe lançou um olhar frio para Simão e disse:
— E você? Como tem coragem de aparecer na frente dela?
Simão ficou tenso, seu rosto endureceu.
Sim, ele também era uma das pessoas que tinham machucado Patrícia.
Filipe soltou um riso frio e sem som:
— Quem você pensa que é para me impedir? Ou será que agora você é o namorado da Patrícia?
— Filipe! — As palavras foram cruéis demais, e Patrícia tentou o interromper.
— Eu perguntei, você é ou não é? — Filipe insistiu, determinado a obter uma resposta.
Simão franziu a testa, claramente desconfortável:
— Entre mim e Patrícia...
— Parece que não é.
Antes que Simão terminasse, Filipe riu, uma risada cheia de escárnio e frieza.
Se fosse verdade, Simão não precisaria dizer essas palavras!
— Já que você não é o namorado dela, então não tem o direito de me impedir de a ver. No final das contas, você não é diferente de mim.
— Filipe! —