— Não estou com pressa. — Karina deu alguns passos rápidos e segurou o braço de Patrícia. — Não temos mais nada para fazer.

As duas saíram de mãos dadas do cartório.

Na entrada, Simão acenava para elas com os braços:

— Patrícia, Karina, estou aqui!

— Já estamos indo!

Simão segurava alguns petiscos nas mãos.

Patrícia, animada, deu um pequeno salto no lugar, sorrindo:

— De onde você trouxe isso?

Simão apontou para o beco ao lado.

— Eu estava sentado no carro sem fazer nada. Ali, naquele beco, há dois conjuntos habitacionais antigos. Vendem de tudo por lá. — Simão ergueu as mãos já com os petiscos na direção de Patrícia. — Metade para você e metade para a Karina.

— Ótimo!

Esse era o jeito de Simão. Onde havia algo para Patrícia, também havia para Karina.

Por isso, ao longo dos anos, nem o próprio Simão percebeu que ele não fazia distinção entre as duas garotas.

Patrícia, radiante, deu um tapinha no ombro de Simão:

— Simão, não dá para viver sem você, sabia? Sem você, eu e a Karina perderí