Eles dois, embora não chegassem a ser comparáveis a uma bela e uma fera, Patrícia ao lado dele realmente não passava de uma bela flor.
A cumplicidade entre os dois era tamanha que os olhares lançados em sua direção misturavam inveja e ciúmes.
Filipe não se importava com aqueles olhares. Já Patrícia não era tão acostumada quanto ele. Até o momento de desembarcar, o rosto dela ainda estava corado.
...
Na noite anterior, tinham dormido tarde, e acordaram cedo pela manhã para acompanhar os mais velhos a tomar café. Ao chegarem às Ilhas Berlengas, se instalaram na casa da família de Filipe e, em silencioso acordo, decidiram continuar dormindo.
Quando despertaram, o sol já havia se posto.
Patrícia se virou e saiu dos braços de Filipe.
Filipe sorriu e disse:
— Acordou e já não precisa mais de mim?
— Te abraçar dá calor.
— E quando estava dormindo, não dava? — Filipe apertou de leve o nariz dela. — Já acordou? Está com fome?
— Acordei. Estou com fome.
— Então vamos. — Filipe se levantou primei