Filipe, tomado pela raiva, apertou com mais força do que deveria sem perceber.
Patrícia franziu a testa e começou a tossir.
Dessa vez, Filipe se assustou de verdade, sem saber o que fazer com as mãos e os pés.
— Patrícia, você está bem? A culpa foi minha... — Murmurou, tentando se explicar. — Eu não fiz por querer.
Patrícia assentiu com a cabeça e disse:
— Eu sei, você não está de bom humor hoje. Mas descontar isso em mim... Sinceramente, não é coisa de uma boa pessoa.
O quê?
O olhar de Filipe se tornou severo, e uma sombra de raiva cobriu seu rosto num instante.
— Eu não sou uma boa pessoa? Se eu realmente não fosse, teria jogado o Simão pela janela agora há pouco.
— Jogar ele por quê? — Depois de vomitar com força, Patrícia estava exausta, sua voz saiu fraca. — Foi você quem me deixou lá sozinha. Ele só quis me trazer de volta por bondade.
— Eu precisava que ele te trouxesse? — Filipe, naquele momento, já não fazia mais questão de esconder seus sentimentos. — Eu já estava voltando! V