Ainda assim, ele disse ao Daniel:
— Vá embora! Caso contrário, não me culpe por ser indelicado. Você está em uma cadeira de rodas, eu nem preciso fazer força para acabar com você.
Atrás dele, Daniel ficou em silêncio por um momento e então disse:
— Tudo bem, eu vou embora.
Finalmente, ele se foi...
Ademir fechou os olhos com pesar, apoiando a mão na lápide com tanta força que parecia que queria quebrar os dedos.
— Mãe. Desculpe. — Esse pedido de desculpas era por ter culpado sua mãe no passado...
Ademir culpou sua mãe, questionando o que a teria levado a abandonar seu filho pequeno e não querer mais viver neste mundo.
Agora ele entendia.
“Passar pela vida que minha mãe teve só poderia a levar a desejar a morte. A família e as pessoas próximas, todos a machucaram! Naquele tempo, como deve ter sido doloroso para minha mãe? Eu, sendo apenas seu filho, já não conseguia aceitar, imagine ela? Então, minha mãe sucumbiu. Ela me abandonou, mas antes de tudo, ela era ela mesma, vivendo sem esper