Ao ouvir aquela forma de tratamento, o olhar de Karina se tornou sério.
Ela sorriu e pegou o casaco dele:
— É só um pequeno trajeto, não precisa de casaco, vamos assim mesmo.
— Tudo bem, faço o que você disser.
— Dra. Costa. — Uma enfermeira estava na porta, acenando para Karina. — Precisamos da assinatura de um familiar.
— Certo, já vou. — Ela soltou Ademir e disse a ele. — Espere por mim, volto logo.
— Tudo bem. — Ademir assentiu sorrindo, se sentando obedientemente no sofá.
Não demorou muito para que ele ouvisse o som de vibração de um celular, vindo da bolsa de Karina.
Ele não costumava mexer no telefone dos outros, mas, naquele momento, quebrou essa regra.
Ele estendeu a mão à bolsa de Karina e pegou o celular.
Quem seria?
Júlia?
Túlio?
Túlio tinha acabado de acordar, não poderia estar ligando pessoalmente...
Ele já estava preparado psicologicamente, mas, ao pegar o celular, viu que o número que piscava na tela era desconhecido.
Quem seria?
Ademir estreitou os olhos, sem pensar mu