— Karina! — Ademir perdeu completamente o controle de suas expressões ao ver a cena, pegando Karina nos braços. — Vamos para o hospital!
A dor era tão intensa que Karina não conseguia recusar a ajuda de Ademir.
Desde o início da gravidez, Karina nunca havia se sentido tão mal.
Ela até começou a pensar que talvez o bebê já não pudesse mais esperar por sua decisão, e que ele mesmo já havia tomado a sua própria.
O pai da criança não sabia de sua existência, e talvez nem estivesse preparado para recebê-la.
E a mãe... Era tão frágil.
Karina mal conseguia se manter firme na própria vida...
Será que, então, o bebê estava se despedindo de sua mãe?
De repente, Karina agarrou a camisa de Ademir com tanta força que os músculos de seu pescoço ficaram visíveis, tensos.
— Ademir! — Ela chamou o nome dele, desesperada.
— Diga.
Talvez fosse o efeito da dor, mas Karina sentiu uma suavidade incomum naquele homem, uma gentileza em seu olhar e em sua voz que nunca havia notado antes.
— O bebê... — Começou