Não era um caminho longo.
Na verdade, eram apenas alguns passos, mas Karina ainda não havia aparecido. Ademir começou a achar que já estava demorando um pouco demais.
Ele não estava reclamando, mas havia uma sensação estranha que não sabia explicar.
De repente, um som extremamente alto!
Muito alto!
Num instante, Ademir foi lançado para trás e tudo ao seu redor se escureceu por um breve momento, antes que uma figura corresse em sua direção.
— Segundo irmão! — Era Enzo!
Enzo saltou em sua direção, levando ele a rolar no chão, enquanto o ar ficava carregado com um cheiro forte de fumaça.
Quando pararam, Ademir abriu os olhos e de repente olhou para o mar.
O navio já não era o mesmo, estava envolto em chamas e fumaça!
Aquele som estrondoso, que havia ouvido segundos antes, tinha sido provocado pela explosão do navio!
— Karina... — Ademir começou a falar, sua voz trêmula, e seu rosto ficou pálido como cera.
Ele se levantou, cambaleante, e correu em direção ao cais, gritando desesperado:
— K