Karina não deu atenção a ele, trocou de sapatos e seguiu direto para dentro.
Ademir ficou confuso e a seguiu. Não conseguiu se controlar e perguntou:
— Você não vai me dizer nada?
— Dizer o quê?
Ademir arregalou os olhos.
Ela estava sendo exatamente como Joyce.
— Fui eu quem te perguntei, então vou falar diretamente. — O homem falou. — De onde é aquela criança que te chama de mãe?
Já imaginava que era sobre isso.
Karina deu um sorriso de desdém e disse, com certa diversão:
— Você acha que, com a minha idade, eu tive a Joyce cedo demais?
Ademir ficou sem reação, não entendendo o motivo de ela ter feito essa pergunta repentinamente.
Mas, pensando bem, com a idade dela, ter a Joyce realmente seria algo prematuro. Muitas meninas, na idade dela, ainda estavam namorando.
Com isso, ele finalmente entendeu.
Desviou o olhar, sem jeito, e falou:
— Sim, foi cedo.
— Pois é.
Ao perceber que ele tinha entendido, Karina fez uma explicação:
— Aquela criança de hoje tem uns seis ou sete anos. Você acha